eu nunca espero que alguém vá ler o que eu escrevo...
nisso eu acabo escrevendo umonte de coisas sem sentido e erradas gramaticalmente...
tipo "umonte".
vou parar de me preocupar com a letra maiuscula
e com a coerencia
e até com alguns acentos...
vou parar de tomar banho
escovar os dentes ainda vou
mas só por medo das caries.
parar de me importar com o cabelo eu ja parei
mas acho que posso parar mais.
vou começar a andar pelado
e eu sempre tive
uma imensa vontade
de cultivar feijões no meu buraco do umbigo,
enfim ele terá uma utilidade,
além de me alimentar por nove meses!
Vou agir como idiota o dia todo
ou não
ou não vou agir...
é, não vou agir.
vou ficar deitado em posição fetal, até um dia eu morrer
e vou fazer um mecanismo que quando eu morra
caia um palito de fosforo aceso
em uma poça de alcool
e mande tudo pro inferno.
tchau, ninguém.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Coleção de olhares.
Eu ando por pessoas no Rush.
Pessoas indiferentes.
Apressadas pra chegar no trabalho
apressadas pra chegar em casa
apressadas pra sair com amigos
ou só apressadas.
Sou o mais lento
e o mais observador
dos transeuntes.
Me tornei um especialista
nos sentimentos da hora do Rush.
Uma mulher
com cinquenta quilogramas em bagagens
um filho de seis meses pendurado,
quase caindo
na altura da cintura.
Outra era uma menininha de cabelos marrom
segurando na barra de sua camisa branca,
eu já entro mais no mérito da questão.
O último era um rapazinho
moreninho
com sua pequena mochila
mais novo de idade do que a ultima irmã
mas este era mais independente.
Estava só observando a mãe,
as irmãs,
a um metro de distância.
E foi o primeiro a me dar um olhar.
Aqueles olhares com a cabeça abaixadas, bem profundos
como que perguntando o que eu queria com ele,
como que se defendendo de tudo e de todos.
Eu olhei-o com a mesma determinação.
Concentrando me naquele ser
tão, mais tão pequeno
desprotegido
e de repente
com vergonha.
Uma vergonha até engraçada de ver
porque era vergonha natural de criança sendo observada.
ele desviou o olhar, se aproximou mais da mãe, e foi aos poucos pra traz dela.
E lá atrás era uma criança novamente.
Crianças se entregam nos olhares,
não sabem o quão perigosos eles podem ser.
Não sabem o quão perigoso se entregar é.
Ao ver a aproximação do irmão
a mais velha também me olhou.
Ah, aquele olhar, queria que
quem lê esse texto
pudesse ter uma noção
do que é aquele olhar.
Dói e conforta ao mesmo tempo.
Aquele olhar de baixo pra cima
de medo, submissão, inferioridade
mas acima de tudo, e mais importante
um olhar de curiosidade,
curiosidade infantil, apesar dos pesares.
Curiosidade de quem ainda não viu o suficiente,
e ainda acredita que há algo pra ser visto no mundo, nas pessoas, e na vida.
Eu pude sentir uma curiosidade infantil crescendo em mim,
me peguei no ato de inclinar em direção a ela
na tentativa de desvendar aqueles dois pontos negros
Aqueles pontos de sabedoria e vergonha...
A sabedoria de quem nada sabe
e tudo quer saber.
Vergonha...
de criança.
Menina se junta ao menino
e juntos, inclinam a cabeça pra me olhar.
Logo a mãe, percebendo a movimentação traseira,
vira o rosto e olha para os filhos.
Ela vê os filhos vendo
e então vira o rosto pra frente
distraída
e vê o que os filhos estão vendo.
Então, tudo começa novamente.
Mas dessa vez, não sei, está....
diferente.
Dessa vez é uma adulta.
Aproveito os segundos de vantagem que eu tenho
como bom entendedor de olhares do Rush,
para penetrar em seu olhar, e colecionar seus sentimentos.
Mas não há sentimentos lá.
Nem dor, nem nada do tipo.
Só há um pedido de ajuda, meio que vazio
meio que já cansado de pedir e não ser ajudado.
Nem tenho tempo de pensar, quando vejo, já estou abrindo passagem
meio a uma multidão de anti-olhares
e me oferecendo para ajuda-la com a bagagem.
(Afinal, como eu saberia que a mala tinha 50kg se eu não a tivesse segurado? Dããã...)
Abriu-se logo um sorriso de simpatia, e houve uma movimentação, para transferir a bolsa enorme.
Eu vi uma barreira se quebrando nos olhos daquela mulher,
parecia que por entre aquelas olheiras cansadas
abrira uma porta para aquele algo mais.
Não direi, e nem preciso dizer
o que há no algo mais de uma mulher como aquela
com seus três filhos, em uma cidade grande
tentando apenas voltar para Ilhéus
sem ninguém para ajudá-la
levar até o terminal
segurar um bebê
ou uma mala.
e lá, senhores
estava eu.
Lá estava meu olhar também
olhando dentre os olhos dela
e me perguntando por que.
Por que tanto sofrimento, e bem
onde também há tanto amor?
Então ela ajeitou o bebê, com a mão que antes estava segurando a mala (que pesava 50kg)
e agora eu podia ver seu rosto, que antes estava esmagado sob a barriga da mãe.
O último, dos três moreninhos a conhecer esse mundo.
Eu divagava sobre a situação toda
meio triste
meio decepcionado
com as pessoas
com o mundo
com tudo que eu nem estava afim de dar nome.
Quando aquela criatura me lança um olhar.
E se em um olhar normal
podemos ver pelo que a pessoa já passou,
naquele olhar talvez eu tenha visto o que vem antes da vida
e ao mesmo tempo talvez
eu também tenha visto o que vem depois dela,
aquele infinito, nos brilhos dos olhos de um bebê,
como que um relato do quão não importante era tudo aquilo.
Pessoas indiferentes.
Apressadas pra chegar no trabalho
apressadas pra chegar em casa
apressadas pra sair com amigos
ou só apressadas.
Sou o mais lento
e o mais observador
dos transeuntes.
Me tornei um especialista
nos sentimentos da hora do Rush.
Uma mulher
com cinquenta quilogramas em bagagens
um filho de seis meses pendurado,
quase caindo
na altura da cintura.
Outra era uma menininha de cabelos marrom
segurando na barra de sua camisa branca,
eu já entro mais no mérito da questão.
O último era um rapazinho
moreninho
com sua pequena mochila
mais novo de idade do que a ultima irmã
mas este era mais independente.
Estava só observando a mãe,
as irmãs,
a um metro de distância.
E foi o primeiro a me dar um olhar.
Aqueles olhares com a cabeça abaixadas, bem profundos
como que perguntando o que eu queria com ele,
como que se defendendo de tudo e de todos.
Eu olhei-o com a mesma determinação.
Concentrando me naquele ser
tão, mais tão pequeno
desprotegido
e de repente
com vergonha.
Uma vergonha até engraçada de ver
porque era vergonha natural de criança sendo observada.
ele desviou o olhar, se aproximou mais da mãe, e foi aos poucos pra traz dela.
E lá atrás era uma criança novamente.
Crianças se entregam nos olhares,
não sabem o quão perigosos eles podem ser.
Não sabem o quão perigoso se entregar é.
Ao ver a aproximação do irmão
a mais velha também me olhou.
Ah, aquele olhar, queria que
quem lê esse texto
pudesse ter uma noção
do que é aquele olhar.
Dói e conforta ao mesmo tempo.
Aquele olhar de baixo pra cima
de medo, submissão, inferioridade
mas acima de tudo, e mais importante
um olhar de curiosidade,
curiosidade infantil, apesar dos pesares.
Curiosidade de quem ainda não viu o suficiente,
e ainda acredita que há algo pra ser visto no mundo, nas pessoas, e na vida.
Eu pude sentir uma curiosidade infantil crescendo em mim,
me peguei no ato de inclinar em direção a ela
na tentativa de desvendar aqueles dois pontos negros
Aqueles pontos de sabedoria e vergonha...
A sabedoria de quem nada sabe
e tudo quer saber.
Vergonha...
de criança.
Menina se junta ao menino
e juntos, inclinam a cabeça pra me olhar.
Logo a mãe, percebendo a movimentação traseira,
vira o rosto e olha para os filhos.
Ela vê os filhos vendo
e então vira o rosto pra frente
distraída
e vê o que os filhos estão vendo.
Então, tudo começa novamente.
Mas dessa vez, não sei, está....
diferente.
Dessa vez é uma adulta.
Aproveito os segundos de vantagem que eu tenho
como bom entendedor de olhares do Rush,
para penetrar em seu olhar, e colecionar seus sentimentos.
Mas não há sentimentos lá.
Nem dor, nem nada do tipo.
Só há um pedido de ajuda, meio que vazio
meio que já cansado de pedir e não ser ajudado.
Nem tenho tempo de pensar, quando vejo, já estou abrindo passagem
meio a uma multidão de anti-olhares
e me oferecendo para ajuda-la com a bagagem.
(Afinal, como eu saberia que a mala tinha 50kg se eu não a tivesse segurado? Dããã...)
Abriu-se logo um sorriso de simpatia, e houve uma movimentação, para transferir a bolsa enorme.
Eu vi uma barreira se quebrando nos olhos daquela mulher,
parecia que por entre aquelas olheiras cansadas
abrira uma porta para aquele algo mais.
Não direi, e nem preciso dizer
o que há no algo mais de uma mulher como aquela
com seus três filhos, em uma cidade grande
tentando apenas voltar para Ilhéus
sem ninguém para ajudá-la
levar até o terminal
segurar um bebê
ou uma mala.
e lá, senhores
estava eu.
Lá estava meu olhar também
olhando dentre os olhos dela
e me perguntando por que.
Por que tanto sofrimento, e bem
onde também há tanto amor?
Então ela ajeitou o bebê, com a mão que antes estava segurando a mala (que pesava 50kg)
e agora eu podia ver seu rosto, que antes estava esmagado sob a barriga da mãe.
O último, dos três moreninhos a conhecer esse mundo.
Eu divagava sobre a situação toda
meio triste
meio decepcionado
com as pessoas
com o mundo
com tudo que eu nem estava afim de dar nome.
Quando aquela criatura me lança um olhar.
E se em um olhar normal
podemos ver pelo que a pessoa já passou,
naquele olhar talvez eu tenha visto o que vem antes da vida
e ao mesmo tempo talvez
eu também tenha visto o que vem depois dela,
aquele infinito, nos brilhos dos olhos de um bebê,
como que um relato do quão não importante era tudo aquilo.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Repetições noturnas
tudo igual, tudo igual, tudo igual...
mais uma vez,
eu aqui tentando compensar anos e anos de negligencia
mais uma vez eu aqui, sentindo que vou morrer
que está cada vez menor o meu tempo aqui
e cada vez mais fortes, os meus laços à essa vida.
mais laços, significam
mais laços se rompendo,
mais pessoas chorando,
espero não ser eu
o causador de nenhuma lagrima
de nenhum suicidio
pois não mereço tal lastima
afinal, estimo nada...
nada alem de vocês.
Algum dia ainda compenso
a falta que faço na vida de umonte de gente
mesmo ainda estando em vida,
devido mesmo a um esquecimento, um descaso
um auzheimer precoce que a vida me deu.
E depois de morto,
espero que de mim nada sobre,
espero que as pessoas apenas se conformem
com meia duzia de poemas mal escritos
e canções mal escritas
e palavras mal ditas
ações mal pensadas
e tudo que eu pude fazer em vida
que perpetuou no pós morte
para amenizar minha ausencia.
A ausencia de um erro,
um erro feliz.
mais uma vez,
eu aqui tentando compensar anos e anos de negligencia
mais uma vez eu aqui, sentindo que vou morrer
que está cada vez menor o meu tempo aqui
e cada vez mais fortes, os meus laços à essa vida.
mais laços, significam
mais laços se rompendo,
mais pessoas chorando,
espero não ser eu
o causador de nenhuma lagrima
de nenhum suicidio
pois não mereço tal lastima
afinal, estimo nada...
nada alem de vocês.
Algum dia ainda compenso
a falta que faço na vida de umonte de gente
mesmo ainda estando em vida,
devido mesmo a um esquecimento, um descaso
um auzheimer precoce que a vida me deu.
E depois de morto,
espero que de mim nada sobre,
espero que as pessoas apenas se conformem
com meia duzia de poemas mal escritos
e canções mal escritas
e palavras mal ditas
ações mal pensadas
e tudo que eu pude fazer em vida
que perpetuou no pós morte
para amenizar minha ausencia.
A ausencia de um erro,
um erro feliz.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Confesso
Minhas caras palavras...
Já não sou aquele garoto
tentando desvendar a vida
de seu apartamento
perdido numa vida perdida
procurando qualquer palavra
para conforto de seu vazio e dor.
Cansei de ser.
E não consigo mais só falar de sentimentos
nem expressar ideias que daqui a dias
farão com que eu me arrependa
do que pensei, disse e escrevi.
Digo que, apenas posso contemplar:
o turbilhão de vozes que passa por mim;
essa série de pornografia,
mesclada no dia a dia;
As palavras e atitudes
de quem não sabe o que quer
apenas espera pelo sinal
de que algo tem algum sentido...
como o garoto de quem eu falei
no começo deste poema.
Não digo que chego e decorar meu dia
mas tem quem chegue.
E tem quem dê um pedaço de si
em cada verso que escreve.
Apenas queria estar lá encima
tomando uma cerveja com pessoas que eu gosto
aquelas lá, que ainda não perdi com o tempo,
e olhando todos esses acontecimentos mundanos
com pausas de hora em hora
pra tocar meu violão
e compor canções
sobre corações partindo
(como quem vai pra nunca mais)
e depois se reconstituindo
com vários pedaços de conversas e sorrisos.
Algumas coisas importam mais que escrever um bom poema,
saibam disso, meus jovens.
Já não sou aquele garoto
tentando desvendar a vida
de seu apartamento
perdido numa vida perdida
procurando qualquer palavra
para conforto de seu vazio e dor.
Cansei de ser.
E não consigo mais só falar de sentimentos
nem expressar ideias que daqui a dias
farão com que eu me arrependa
do que pensei, disse e escrevi.
Digo que, apenas posso contemplar:
o turbilhão de vozes que passa por mim;
essa série de pornografia,
mesclada no dia a dia;
As palavras e atitudes
de quem não sabe o que quer
apenas espera pelo sinal
de que algo tem algum sentido...
como o garoto de quem eu falei
no começo deste poema.
Não digo que chego e decorar meu dia
mas tem quem chegue.
E tem quem dê um pedaço de si
em cada verso que escreve.
Apenas queria estar lá encima
tomando uma cerveja com pessoas que eu gosto
aquelas lá, que ainda não perdi com o tempo,
e olhando todos esses acontecimentos mundanos
com pausas de hora em hora
pra tocar meu violão
e compor canções
sobre corações partindo
(como quem vai pra nunca mais)
e depois se reconstituindo
com vários pedaços de conversas e sorrisos.
Algumas coisas importam mais que escrever um bom poema,
saibam disso, meus jovens.
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Poemas.,
preferia não ter escrito.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
: ) :
meus textos são muito diferentes de mim.
vai ver, na vida real não há espaço pra tanta gravidade.
Vai ver, palavras escritas pesam mais que o ar vibrando e formando palavras faladas.
ou vai ver o mundo seja bonito demais pra tamanha tristeza, e meu quarto solitario demais pra tamanha felicidade.
vai ver, na vida real não há espaço pra tanta gravidade.
Vai ver, palavras escritas pesam mais que o ar vibrando e formando palavras faladas.
ou vai ver o mundo seja bonito demais pra tamanha tristeza, e meu quarto solitario demais pra tamanha felicidade.
Um dia.
Felicidade não faz com que tudo pareça bom.
...Faz com que tudo seja bom.
Meio que não se trata do quanto vai durar, ou de qual o preço.
Pra muita gente (que tem memória,) se trata de coletar o máximo de informações de um momento feliz, para no restante dos momentos ter do que se lembrar, e tornar tudo mais fácil.
...Faz com que tudo seja bom.
Meio que não se trata do quanto vai durar, ou de qual o preço.
Pra muita gente (que tem memória,) se trata de coletar o máximo de informações de um momento feliz, para no restante dos momentos ter do que se lembrar, e tornar tudo mais fácil.
Pra mim, sinceramente, tanto faz.
Já passei por tanto desespero
tanta felicidade
tantos momentos vãos
e tudo isso foi tantas vezes convertido em passado longinquo.
(como eu serei um dia)
(como eu serei um dia)
Me conformei em virar poeira estelar.
Em ser tão singelo, e finito, quanto uma bolha de sabão.
Se vocês querem mesmo saber o que eu penso, realmente, é que numa escala que vai do menos importante para o mais importante, em relação as coisas que uma pessoa deve fazer na vida,
eu diria que primeiro vem as atitudes, escolhas e situações pelas quais a pessoa pode passar;
depois vem as coisas que ela pode construir, desde familia, até obras literarias, canções, quadros, etc.
por último, meio que como uma coisa sem escolha
nos resta apreciar esse breve momento pelo qual existimos
independente de feliz ou não
sempre há beleza
em estar aqui.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Eu não entendo meu próprio acordo gramatical.
Sabe, depois de tudo isso,
alguém num gesto imponente
se levante, no meio da multidão que havia acabado de aplaudi-lo
e grita aos quatro cantos:
"O Vitor é um grandessíssimo babaca!"
Ele já contava com isso.
Já estava tomando fôlego para voltar a discursar,
dizer seu discurso ensaiado,
onde no final de tudo,
devido a uma serie de argumentos
dos quais eu duvido que sejam verdade
e devido a entonação fervorosa
dada às palavras de qualquer bom discurso,
todos se convenceriam de que o Vitor não é tão mal assim.
Ele não contava com aquele pino
feito de ferro, ferro imaginário, como tudo lá
mas ferro sólido, do tipo que foi feito pra machucar;
saiu da granada, e ficou estendido no ar
por exatos oito minutos.
No quinto as pessoas que estavam em volta
se deram conta da situação, e 2/3 correram
enquanto1/3 se jogou em cima,
num ato heróico, idiota e impensado.
Foi tudo pra porranenhuma,
o lugar pra onde as coisas imaginarias vão
depois que explodem.
e só ficou o Vitor lá.
Sozinho.
Pensando em suicídio.
Pensando que ele já estava cansado
de estar de saco cheio de tudo
o tempo todo
ou pelo menos
de dois em dois dias.
Pensando no tempo dele indo embora.
... e pensando em como terminava aquele texto
que ele havia acabado de escrever
em um bloco de notas que ele acabou fechando sem salvar
propositalmente,
e que daria sentido a isso tudo.
Ele olhou pra uma nuvem, num pedaço de céu azul
que sobreviveu a mais de uma semana de dias nublados
e disse para ela:
"quando eu for velho
vou gostar de tudo
de todas a flores no meu caminho
de todo esse tempo
que fiz questão de desperdiçar em minha juventude."
Então ele ficou sentado, esperando o temporal passar
para que ele pudesse recomeçar a construir tudo...
estava chegando, a demora era sinal
de que estava chegando.
Uma hora mais tarde
a poeira da explosão baixou,
e ele pôde ver no horizonte
que era chegado o momento.
Ele vomitou como fazem os homens
e passou a madrugada escrevendo uma porrada de textos
que mais tarde nem ele mesmo entenderia.
...mas escreveu, e gostou,
disso se lembraria.
alguém num gesto imponente
se levante, no meio da multidão que havia acabado de aplaudi-lo
e grita aos quatro cantos:
"O Vitor é um grandessíssimo babaca!"
Ele já contava com isso.
Já estava tomando fôlego para voltar a discursar,
dizer seu discurso ensaiado,
onde no final de tudo,
devido a uma serie de argumentos
dos quais eu duvido que sejam verdade
e devido a entonação fervorosa
dada às palavras de qualquer bom discurso,
todos se convenceriam de que o Vitor não é tão mal assim.
Ele não contava com aquele pino
feito de ferro, ferro imaginário, como tudo lá
mas ferro sólido, do tipo que foi feito pra machucar;
saiu da granada, e ficou estendido no ar
por exatos oito minutos.
No quinto as pessoas que estavam em volta
se deram conta da situação, e 2/3 correram
enquanto1/3 se jogou em cima,
num ato heróico, idiota e impensado.
Foi tudo pra porranenhuma,
o lugar pra onde as coisas imaginarias vão
depois que explodem.
e só ficou o Vitor lá.
Sozinho.
Pensando em suicídio.
Pensando que ele já estava cansado
de estar de saco cheio de tudo
o tempo todo
ou pelo menos
de dois em dois dias.
Pensando no tempo dele indo embora.
... e pensando em como terminava aquele texto
que ele havia acabado de escrever
em um bloco de notas que ele acabou fechando sem salvar
propositalmente,
e que daria sentido a isso tudo.
Ele olhou pra uma nuvem, num pedaço de céu azul
que sobreviveu a mais de uma semana de dias nublados
e disse para ela:
"quando eu for velho
vou gostar de tudo
de todas a flores no meu caminho
de todo esse tempo
que fiz questão de desperdiçar em minha juventude."
Então ele ficou sentado, esperando o temporal passar
para que ele pudesse recomeçar a construir tudo...
estava chegando, a demora era sinal
de que estava chegando.
Uma hora mais tarde
a poeira da explosão baixou,
e ele pôde ver no horizonte
que era chegado o momento.
Ele vomitou como fazem os homens
e passou a madrugada escrevendo uma porrada de textos
que mais tarde nem ele mesmo entenderia.
...mas escreveu, e gostou,
disso se lembraria.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Tem uma coisa...
... nas minhas pálpebras. Algo que me disse que era hora de parar, que não teria volta, que R$ 24,00 não pagaria o preço.
Então mas uma vez eu abandonei o barco, peguei um daqueles barquinhos pequenininhos, que ficam amarrados do lado do navio, e dei no pé, antes que eu me mesclasse a embarcação, e tudo perdesse de fato o valor.
Mas eu não entendo. De duas uma, ou eu tenho uma coisa a menos, que faz com que eu não suporte algo que pros outros é totalmente normal, ou eu tenho algo a mais, do qual eu preciso abrir mão, se eu quiser viver do jeito normal.
Tanto faz, na verdade. (Sub-)Emprego é só você chutar uma árvore que caem meia dúzia de ofertas. O problema não é esse. Alias, o problema não está no cérebro, na parte lógica, o problema todo começa na traquéia, vai descendo, descendo, e se instala bem no meio da caixa toráxica, encima do estômago. É a sensação de um beliscão sem dor, um incomodo, uma coceira incossável. É a sensação que você disfarça com cigarro, com bebida, com TV aos domingos, saindo de casa pra falar bobeira com amigos, mas é a sensação que continua ali, presente, no seu dia a dia. É uma sensação que não está ligada a não ter emprego, a não estar fumando, ou qualquer outra alternativa, é uma sensação que está lá, ligada ao fato da sua vida de alguma forma, não ser do jeito que você queria. Ligada ao fato das coisas estarem caminhando pra uma direção que você nunca escolheu, sensação de que o remo do seu barquinho de fuga não é o suficiente pra enfrentar droga nenhuma, e que já está tudo perdido. É a sensação que fica entre o seu último suspiro de liberdade até o seu último suspiro. E ainda chamam isso de vida real...
...Real eu aceito, porque é bem uma provável verdade; mas é heresia chamar de vida. É qualquer outra babaquice que os virgens inventaram.
Então mas uma vez eu abandonei o barco, peguei um daqueles barquinhos pequenininhos, que ficam amarrados do lado do navio, e dei no pé, antes que eu me mesclasse a embarcação, e tudo perdesse de fato o valor.
Mas eu não entendo. De duas uma, ou eu tenho uma coisa a menos, que faz com que eu não suporte algo que pros outros é totalmente normal, ou eu tenho algo a mais, do qual eu preciso abrir mão, se eu quiser viver do jeito normal.
Tanto faz, na verdade. (Sub-)Emprego é só você chutar uma árvore que caem meia dúzia de ofertas. O problema não é esse. Alias, o problema não está no cérebro, na parte lógica, o problema todo começa na traquéia, vai descendo, descendo, e se instala bem no meio da caixa toráxica, encima do estômago. É a sensação de um beliscão sem dor, um incomodo, uma coceira incossável. É a sensação que você disfarça com cigarro, com bebida, com TV aos domingos, saindo de casa pra falar bobeira com amigos, mas é a sensação que continua ali, presente, no seu dia a dia. É uma sensação que não está ligada a não ter emprego, a não estar fumando, ou qualquer outra alternativa, é uma sensação que está lá, ligada ao fato da sua vida de alguma forma, não ser do jeito que você queria. Ligada ao fato das coisas estarem caminhando pra uma direção que você nunca escolheu, sensação de que o remo do seu barquinho de fuga não é o suficiente pra enfrentar droga nenhuma, e que já está tudo perdido. É a sensação que fica entre o seu último suspiro de liberdade até o seu último suspiro. E ainda chamam isso de vida real...
...Real eu aceito, porque é bem uma provável verdade; mas é heresia chamar de vida. É qualquer outra babaquice que os virgens inventaram.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Vive-lo-ei-vos.
Assim vivi a minha vida.
Algumas frases demonstram ter mais poder do que realmente têm. De qualquer forma, depois de ditas são só palavras que já não mais lhe pertencem.
Eu me traí, trapaceei no jogo de ser quem eu sou. Escolhi não viver do que eu nasci pra fazer, e fazer o que nasci pra fazer pela vida toda, mesmo assim. É melhor assim, sem pressão, fazendo apenas por mim, pra que no final eu diga, "eu vivi assim", e só depois de 200 anos essa frase seja escutada por alguém além dos meus amigos e afins. Agora que matei o "e se eu não for bom o suficiente", o meu pior inimigo, só tenho como inimigo o tempo, e a falta de inimigos.
Não me importo.
Vai ver escrever um manual da vida pra todo mundo ler não faz parte da forma certa de viver, e as pessoas talvez devessem saber disso. O começo está no exemplo, quero primeiro ser feliz.
Algumas frases demonstram ter mais poder do que realmente têm. De qualquer forma, depois de ditas são só palavras que já não mais lhe pertencem.
Eu me traí, trapaceei no jogo de ser quem eu sou. Escolhi não viver do que eu nasci pra fazer, e fazer o que nasci pra fazer pela vida toda, mesmo assim. É melhor assim, sem pressão, fazendo apenas por mim, pra que no final eu diga, "eu vivi assim", e só depois de 200 anos essa frase seja escutada por alguém além dos meus amigos e afins. Agora que matei o "e se eu não for bom o suficiente", o meu pior inimigo, só tenho como inimigo o tempo, e a falta de inimigos.
Não me importo.
Vai ver escrever um manual da vida pra todo mundo ler não faz parte da forma certa de viver, e as pessoas talvez devessem saber disso. O começo está no exemplo, quero primeiro ser feliz.
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sexta-feira, 30 de julho de 2010
Vida...
Tenho duas opções:
Em uma, eu deixo que o pior que o mundo deixou em mim, guie minhas escolhas. Enxergo a vida sem perspectivas, como se tudo estivesse destinado ao fracasso.
Nessa alternativa, eu bebo, eu fumo, eu machuco as pessoas, eu tenho uma vida abreviada pelas minhas escolhas, e me desgasto para acabar sozinho em uma lâmina.
E tem a outra. Na outra, eu tenho fé de que a vida é boa. E parto disso. E não que eu vá ser feliz sempre, nem que eu não vá machucar as pessoas, mas nessa, eu não jogo fora as oportunidades, eu não abdico meus pensamentos em troca de diversão, não evito pensar que estou vivo, e o principal, não desisto.
E talvez, no final desta, eu morra de um jeito bem idiota. Talvez até sem amigos; afinal, a fé é em uma vida boa, não em uma vida justa. Mas nessa alternativa, eu saberei que eu não deixei de ver meus filhos crescerem por não saber lidar com estress sem cigarro, nem que eu afastei quem eu gostava por não gostar de mim mesmo.
E lendo assim, chega a parecer que eu já me decidi...
Se você pensa assim, leia de novo. E de novo, e mais uma vez, e novamente, e outra seguida.
Segundo um livro aí, a outra, a que todos querem, depende da coisa mais complexa do nosso mundo:
Crer para ver.
Em uma, eu deixo que o pior que o mundo deixou em mim, guie minhas escolhas. Enxergo a vida sem perspectivas, como se tudo estivesse destinado ao fracasso.
Nessa alternativa, eu bebo, eu fumo, eu machuco as pessoas, eu tenho uma vida abreviada pelas minhas escolhas, e me desgasto para acabar sozinho em uma lâmina.
E tem a outra. Na outra, eu tenho fé de que a vida é boa. E parto disso. E não que eu vá ser feliz sempre, nem que eu não vá machucar as pessoas, mas nessa, eu não jogo fora as oportunidades, eu não abdico meus pensamentos em troca de diversão, não evito pensar que estou vivo, e o principal, não desisto.
E talvez, no final desta, eu morra de um jeito bem idiota. Talvez até sem amigos; afinal, a fé é em uma vida boa, não em uma vida justa. Mas nessa alternativa, eu saberei que eu não deixei de ver meus filhos crescerem por não saber lidar com estress sem cigarro, nem que eu afastei quem eu gostava por não gostar de mim mesmo.
E lendo assim, chega a parecer que eu já me decidi...
Se você pensa assim, leia de novo. E de novo, e mais uma vez, e novamente, e outra seguida.
Segundo um livro aí, a outra, a que todos querem, depende da coisa mais complexa do nosso mundo:
Crer para ver.
domingo, 25 de julho de 2010
Se fode aí.
Vai tomar no cu.
Quero, sinceramente, que tenha qualquer doença humilhante e morra com vários videos no Redtube.
Mas não, a droga do mundo quer assim.
Pessoa chata.
Pessoa chata e velha você, Vitor.
Os vermes vão comer seu cérebro entediado.
E tudo vai ser cinza e igual, até você aprender a dormir querendo acordar.
Papaca.
Quero, sinceramente, que tenha qualquer doença humilhante e morra com vários videos no Redtube.
Mas não, a droga do mundo quer assim.
Pessoa chata.
Pessoa chata e velha você, Vitor.
Os vermes vão comer seu cérebro entediado.
E tudo vai ser cinza e igual, até você aprender a dormir querendo acordar.
Papaca.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Quebrando pensamentos.
Se o hedonismo for mesmo ruim, o que é bom?
Ter câncer aos quarenta e não ver os filhos crescerem?
Afinal, a vida tem que ser boa, se não as plantas não cresceriam,
não tentariam resistir à todas as intemperies da natureza
Vai ver ruins mesmo são os pensamentos, vai ver não é pensando que se descobre um sentido...
as plantas crescem para cima, pois é de lá que vem o sol para lhes dar energia,
talvez não nos caiba escolher nosso sentido.
Já estou cansado, queria poder parar com todas essas reflexões baratas.
...queria ser feliz.
...(depois de um longo silêncio)
Mas sei que posso dizer algo que vá além disso; sei, que o que eu sinto vai além disso.
Mas o que sabemos falar sobre sentir?
Você vai se orgulhar por ter passado a vida toda refletindo e agindo da forma mais racional?
...Eu não.
Não quero viver com esse orgulho, prefiro ter fezes em minha boca, a dizer que eu gosto de ser racional, que eu gosto de não encontrar sentido algum na forma como as coisas são
e de não conseguir ver futuro onde meus pensamentos e sentimentos sejam plenos.
Não vou ser o monge que não se afeta com nada e diz ter-se desligado do mundo material.
Quero ser como o verso daquela música que não tem nada a ver com esse momento*,
pra que quando alguém me fizer alguma pergunta inteligente
eu possa apenas abraçar essa pessoa e fazer com que ela entenda
que por mais que tudo pareça uma grande série de eventos sem sentido
e que todos os nossos valores nós aprendemos nos filmes que passam de madrugada
e tudo o que pensamos ser verdade, pode ser destruído por algum filósofo infeliz
e que não temos capacidade pra ver uma solução pra esse aperto que dá no coração;
fazer com que essa pessoa entenda, que sentir é maior.
Se isso que eu disse, não foi o suficiente... (e eu sei que não o foi.)
Quero que você que está lendo, ao menos não desista.
E eu não falo só de se matar, porque se você já sentiu isso que eu sinto,
você sabe que existem muitas formas de desistir da sua vida, do seu sentido.
Ter câncer aos quarenta e não ver os filhos crescerem?
Afinal, a vida tem que ser boa, se não as plantas não cresceriam,
não tentariam resistir à todas as intemperies da natureza
Vai ver ruins mesmo são os pensamentos, vai ver não é pensando que se descobre um sentido...
as plantas crescem para cima, pois é de lá que vem o sol para lhes dar energia,
talvez não nos caiba escolher nosso sentido.
Já estou cansado, queria poder parar com todas essas reflexões baratas.
...queria ser feliz.
...(depois de um longo silêncio)
Mas sei que posso dizer algo que vá além disso; sei, que o que eu sinto vai além disso.
Mas o que sabemos falar sobre sentir?
Você vai se orgulhar por ter passado a vida toda refletindo e agindo da forma mais racional?
...Eu não.
Não quero viver com esse orgulho, prefiro ter fezes em minha boca, a dizer que eu gosto de ser racional, que eu gosto de não encontrar sentido algum na forma como as coisas são
e de não conseguir ver futuro onde meus pensamentos e sentimentos sejam plenos.
Não vou ser o monge que não se afeta com nada e diz ter-se desligado do mundo material.
Quero ser como o verso daquela música que não tem nada a ver com esse momento*,
pra que quando alguém me fizer alguma pergunta inteligente
eu possa apenas abraçar essa pessoa e fazer com que ela entenda
que por mais que tudo pareça uma grande série de eventos sem sentido
e que todos os nossos valores nós aprendemos nos filmes que passam de madrugada
e tudo o que pensamos ser verdade, pode ser destruído por algum filósofo infeliz
e que não temos capacidade pra ver uma solução pra esse aperto que dá no coração;
fazer com que essa pessoa entenda, que sentir é maior.
Se isso que eu disse, não foi o suficiente... (e eu sei que não o foi.)
Quero que você que está lendo, ao menos não desista.
E eu não falo só de se matar, porque se você já sentiu isso que eu sinto,
você sabe que existem muitas formas de desistir da sua vida, do seu sentido.
*"life is short
so want you fly?"
terça-feira, 13 de julho de 2010
Medo estranho.
Tem uma pessoa, que eu sempre achei muito completa.
Sabe, é difícil dizer, mas eu, e uma multidão de seguidores, sempre achamos que ela tinha atingido um estado supremo de iluminação... É como se, todas essas coisas que agente tem pra amadurecer e melhorar durante a vida, é como se ela já tivesse melhorado tudo. Tivesse atingido um ápice de alguma coisa para qual a vida de todos caminham.
Hoje, em um passeio pela internet, eu vi essa pessoa perdida. Perdida de um jeito engraçado. Perdida sendo completa como ela sempre foi, sendo superior até em seu desespero, mas de saco cheio, eu pude sentir. Entediada. Como se já nada mais atraísse seu interesse, como se a vida nela houvesse morrido.
Eu senti, como se isso fosse inevitável.
...Se até ela, que era ela, estava passando por isso, todos que fossem longe o suficiente passariam também...
Quem sabe ela não pegou o caminho errado, o tempo todo?...
E se isso for verdade, de repente onde se esconde o caminho certo?
Até onde da verdade estamos dispostos a ir, essa sim é uma boa pergunta.
Sabe, é difícil dizer, mas eu, e uma multidão de seguidores, sempre achamos que ela tinha atingido um estado supremo de iluminação... É como se, todas essas coisas que agente tem pra amadurecer e melhorar durante a vida, é como se ela já tivesse melhorado tudo. Tivesse atingido um ápice de alguma coisa para qual a vida de todos caminham.
Hoje, em um passeio pela internet, eu vi essa pessoa perdida. Perdida de um jeito engraçado. Perdida sendo completa como ela sempre foi, sendo superior até em seu desespero, mas de saco cheio, eu pude sentir. Entediada. Como se já nada mais atraísse seu interesse, como se a vida nela houvesse morrido.
Eu senti, como se isso fosse inevitável.
...Se até ela, que era ela, estava passando por isso, todos que fossem longe o suficiente passariam também...
Quem sabe ela não pegou o caminho errado, o tempo todo?...
E se isso for verdade, de repente onde se esconde o caminho certo?
Até onde da verdade estamos dispostos a ir, essa sim é uma boa pergunta.
E eu nem sei por que quero saber....
Não nasci pra ficar nesta caixa.
Só o que me vem é enjoo, de saber que não sou daqui,
mas que tudo continua igual,
os mesmos dias, as mesmas conversas o mesmo enjoo.
Me leva com você, yellow bird.
Tanto faz se vou morrer de fome, melhor que viver de fome.
Me leva pra um dia não nublado,
Tanto faz se eu não aguentar a pressão da vida, melhor que aguentar.
Eu só queria saber qual é o meu problema.
E explodir, também, eu queria explodir.
Só o que me vem é enjoo, de saber que não sou daqui,
mas que tudo continua igual,
os mesmos dias, as mesmas conversas o mesmo enjoo.
Me leva com você, yellow bird.
Tanto faz se vou morrer de fome, melhor que viver de fome.
Me leva pra um dia não nublado,
Tanto faz se eu não aguentar a pressão da vida, melhor que aguentar.
Eu só queria saber qual é o meu problema.
E explodir, também, eu queria explodir.
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Poemas.,
preferia não ter escrito.
domingo, 11 de julho de 2010
Eu nunca falo nomes.
Queria entender, quando com olhos perdidos no horizonte
você diz que vai embora daqui,
que não é feliz o suficiente,
que é tudo igual
tudo...
Eu sei, é vazio.
Não totalmente,
mas é compreensivo.
Mas o que eu queria entender,
é o que tem de melhor no outro lado
que te faz largar tudo que a gente chama de especial.
Já me acustumei com o vai e vem, sobe e desce,
e mesmo você dizendo qualquer coisa
eu sei que vai voltar
espero...
...que volte.
você diz que vai embora daqui,
que não é feliz o suficiente,
que é tudo igual
tudo...
Eu sei, é vazio.
Não totalmente,
mas é compreensivo.
Mas o que eu queria entender,
é o que tem de melhor no outro lado
que te faz largar tudo que a gente chama de especial.
Já me acustumei com o vai e vem, sobe e desce,
e mesmo você dizendo qualquer coisa
eu sei que vai voltar
espero...
...que volte.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Sobre ir fundo
Aqui estou eu, onde todos poderiam estar. Aqui, onde todos ainda te olham bem, respeitam suas crenças e escolhas. Onde tudo é morno, e podemos nos basear em alguém para viver.
Vou dar um conselho, pois faço isso, uma vez a cada cem dias. Enjoy...
Independente de qual for a sua escolha, e realmente, não ligo pra qual seja, apenas digo uma coisa: vá fundo, mas fundo de doer, fundo mesmo quando você achar que não tem mais fim... Independente de quão fundo o seu tempo de vida permitir, existe uma profundidade da qual você não volta sem nada que realmente valha a pena ser vivido.
Seus ídolos, aqueles que você endeusa, o que pra você escreveu a melhor musica, os melhores livros, viveu a melhor vida ou construiu a melhor historia, whatever sejam, eles foram fundo. Eles foram inconsequentes com os riscos que eles correriam, a maioria dessas pessoas não foi bem vista pelas pessoas da época, apenas porque na vida deles eles tinham feito uma escolha que era mais valiosa do que ser bem visto pelas pessoas. Você dá valor para ser bem visto? Já é um indicio para pensar sobre suicídio. No geral, quando se dá valor a esse tipo de coisa, se limita a infinidade (essa palavra existe?) de possibilidades da sua vida a apenas uma ou outra coisinha legal que passa pelo filtro do habitual.
Já pr'aqueles que dão mais valor pra suas escolhas, apenas lhes resta eliminar suas próprias concepções de "o que é degradante", "o que eu nunca farei", "eu não tenho capacidade para tal", e a auto-vergonha. Então você será livre para cair fundo na vida, e sorver até a sua última essência, independente da sua presença ficar ou não gravada na droga da historia, afinal, mais importante que isso (eu acho), é você ao menos uma vez antes de morrer, saber de verdade quem você é e do que você é capaz.
Vou dar um conselho, pois faço isso, uma vez a cada cem dias. Enjoy...
Independente de qual for a sua escolha, e realmente, não ligo pra qual seja, apenas digo uma coisa: vá fundo, mas fundo de doer, fundo mesmo quando você achar que não tem mais fim... Independente de quão fundo o seu tempo de vida permitir, existe uma profundidade da qual você não volta sem nada que realmente valha a pena ser vivido.
Seus ídolos, aqueles que você endeusa, o que pra você escreveu a melhor musica, os melhores livros, viveu a melhor vida ou construiu a melhor historia, whatever sejam, eles foram fundo. Eles foram inconsequentes com os riscos que eles correriam, a maioria dessas pessoas não foi bem vista pelas pessoas da época, apenas porque na vida deles eles tinham feito uma escolha que era mais valiosa do que ser bem visto pelas pessoas. Você dá valor para ser bem visto? Já é um indicio para pensar sobre suicídio. No geral, quando se dá valor a esse tipo de coisa, se limita a infinidade (essa palavra existe?) de possibilidades da sua vida a apenas uma ou outra coisinha legal que passa pelo filtro do habitual.
Já pr'aqueles que dão mais valor pra suas escolhas, apenas lhes resta eliminar suas próprias concepções de "o que é degradante", "o que eu nunca farei", "eu não tenho capacidade para tal", e a auto-vergonha. Então você será livre para cair fundo na vida, e sorver até a sua última essência, independente da sua presença ficar ou não gravada na droga da historia, afinal, mais importante que isso (eu acho), é você ao menos uma vez antes de morrer, saber de verdade quem você é e do que você é capaz.
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preferia não ter escrito.,
Textobobo
domingo, 4 de julho de 2010
O sétimo dia.
No dia lixo
o Vitor lixo
se levanta e começa a viver
Ele, há meses não sabe pra que acordar...
Ele acorda mesmo assim.
Ele, há meses está cansado desse mundo, de viver desse jeito vazio...
Ele vive mesmo assim.
Porque é assim que ele aprendeu,
Porque é a única alternativa...
Ou porque a outra é muito pior.
Monkey see monkey does,
Eu também esperava mais do mundo.
Em algum lugar da minha memória
tem algum mundo sob medida para todos nós.
... O que aconteceu com esse mundo?
Comi.
Você queria um pedaço?
Morre.
Eu me importo com os pensamentos.
O cérebro se divide em dois,
a parte legal que só sabe sentir tudo o que é vida
E a parte babaca,
que de verdade, não serve pra nada.
Só está ai pra parecer que somos úteis.
Estraga todos pensamentos que toca
pondo neles um sentido.
Quando comecei, menti.
Disse que o Vitor lixo acordava.
Estou aqui, evitando dormir
fingindo que assim
posso me tornar meu Deus,
e parar de separar bom de ruim,
certo de imoral, babaca de divertido,
fingindo que assim
mato o babaca dentro do meu cérebro.
Acho curioso,
rio, quando penso sobre:
Existe um tempo limite,
pra alguém ficar acordado;
Mas o inverso não existe.
Dormir é infinito
E o infinito sempre me atraiu.
(Quem é o babaca,
além de Deus,
que se atrái pelo infinito?)
---
Pare.
Shhh, você pode ouvir?
É o meu estômago
informando que a geladeira
está tão vazia quanto ele,
quanto esse dia.
Meu corpo é comunicativo.
Abaixo da caixa toráxica, do lado esquerdo
está a mais nova mania dele...
É que lá,
ele pôs uns terminais nervosos,
e toda vez que por cigarro ou álcool
eu faço mal pra ele
ele faz eu cair e contorcer de dor.
Acho um jeito engraçado
de mandar tomar no cu.
o Vitor lixo
se levanta e começa a viver
Ele, há meses não sabe pra que acordar...
Ele acorda mesmo assim.
Ele, há meses está cansado desse mundo, de viver desse jeito vazio...
Ele vive mesmo assim.
Porque é assim que ele aprendeu,
Porque é a única alternativa...
Ou porque a outra é muito pior.
Monkey see monkey does,
Eu também esperava mais do mundo.
Em algum lugar da minha memória
tem algum mundo sob medida para todos nós.
... O que aconteceu com esse mundo?
Comi.
Você queria um pedaço?
Morre.
Eu me importo com os pensamentos.
O cérebro se divide em dois,
a parte legal que só sabe sentir tudo o que é vida
E a parte babaca,
que de verdade, não serve pra nada.
Só está ai pra parecer que somos úteis.
Estraga todos pensamentos que toca
pondo neles um sentido.
Quando comecei, menti.
Disse que o Vitor lixo acordava.
Estou aqui, evitando dormir
fingindo que assim
posso me tornar meu Deus,
e parar de separar bom de ruim,
certo de imoral, babaca de divertido,
fingindo que assim
mato o babaca dentro do meu cérebro.
Acho curioso,
rio, quando penso sobre:
Existe um tempo limite,
pra alguém ficar acordado;
Mas o inverso não existe.
Dormir é infinito
E o infinito sempre me atraiu.
(Quem é o babaca,
além de Deus,
que se atrái pelo infinito?)
---
Pare.
Shhh, você pode ouvir?
É o meu estômago
informando que a geladeira
está tão vazia quanto ele,
quanto esse dia.
Meu corpo é comunicativo.
Abaixo da caixa toráxica, do lado esquerdo
está a mais nova mania dele...
É que lá,
ele pôs uns terminais nervosos,
e toda vez que por cigarro ou álcool
eu faço mal pra ele
ele faz eu cair e contorcer de dor.
Acho um jeito engraçado
de mandar tomar no cu.
(Por Vitor Suzuki, 03:00, Domingo 28/06/2010)
Num mundo feliz
as pessoas não teriam que sair
da perfeição do lar,
da plenitude do ninho.
Eu visto o tênis,
sendo que eu era feliz descalço.
Pego a chave,
sendo que eu não tenho um bom motivo para voltar.
Coloco a carteira,
mesmo não valendo nada
faz eu sentir
que sou parte desse mundo.
O telefone toca,
pra me lembrar que estou atrasado,
que não faço nada direito,
que tanto faz, porque eu desliguei já.
Voltando, se o mundo fosse perfeito,
ninguém sairia de casa.
(Por Vitor Babacão, as 11:01, segunda-feira 28/06/2010)
De repente, não mais que de repente
eu ouço um acorde,
de uma musica antiga
que havia parado de ouvir.
Então as paredes desabam
e meus olhos queimam tudo,
tudo o que existe entre mim e o horizonte,
tudo o que me separa
de quem eu realmente sou,
Eu sou o horizonte;
Eu sou o monstro da sinestesia;
De repente, eu sou o pensamento.
(Por Vitor ao som de DOD, 12:45, segunda-feira 28/06/2010)
Acendo um cigarro na minha mente,
e penso sobre as decisões que devo tomar.
É engraçado, ver o céu
e perceber que o tempo que passo aqui
não me faz melhor, nem mais inteligente.
É engraçado, respirar
e sentir que estou com medo do futuro,
que já não acredito mais em mim;
sabendo que a força está indo embora
mas só consigo me preocupar
em conseguir outro abraço teu.
Vejo um carro passar.
Vejo os galhos de uma árvore
que se mexem ao vento.
Parece que falta ar aqui.
Como se essas palavras que saem de mim
ocupassem
m u i t o
e s p a ç o . . .
Minha garganta aperta,
preciso parar
de escrever.
Vou ligar pro 191...
Dizer que preciso falar com quem me ame
pra saber que vai ficar tudo bem.
(Por Vitor, 12:45(?), segunda-feira 28/06/10)
A cada passo
sinto o mundo sumir
em devaneio e solidão,
e no delírio da escuridão
ouço somente minha voz
minha canção sem fim
sem pé, nem cabeça,
que apenas existe
para mostrar que
ninguém é sozinho em si.
You should stay
Nós beberiamos até a ultima gota de vida que há na noite
Then you'll see
Que eu sou seu caminho assim como você é o meu
And when i get lost on you
Talvez eu finalmente ache o que abdiquei todos esses anos
I drunk, I junkie,
To finally shut up all that voices
Vozes essas, que caladas param de impedir
que eu sorria, que eu acredite
que mesmo o mais estúpido dos humanos
pode até sentir a dor que sinto
fazendo com que tudo, talvez, numa breve hipótese,
Tenha ainda esperança.
(Vitor lost in time, 29/06/2010)
Não quero escrever como Vinícius,
Nem como nenê, Thay, ou Chico.
Nem quero ser o número um,
Muito menos que exista algum número.
De que vale escrever lindos textos
se não sou de fato lindo?
De que vale escrever o que não sinto?
Quero escrever como meu coração,
como os meus passos, perdidos pelas ruas.
Quero escrever como vivo
e viver como escrevo.
E se ao final de tudo isso
tudo for em vão
saberei ao menos que fui leal
ao que disse o coração.
(Por Vitor Suzuki, 4:25, terça-feira 29/06/2010)
Distraído, dou um passo em falso,
caio dos meus pensamentos de rotina
para o meu futuro calabouço.
Vejo-me na rua, a mendicar
a pedir à quem me odeia
uma chance de viver.
Posso ver, como em um filme da madrugada
meu aluguel atrasado, meu leite azedo
e só uma garrafa de vodka a me acompanhar.
Vejo o mundo se desfazendo em fumaça
o sangue endurecendo nas veias de meu pai
e apenas um anjo triste vindo me salvar.
(... e ainda me perguntam por que eu fumo...)
(Por Vitor M. E. Suzuki, 13:30, 30/06/2010)
Leva um tempo pra alguém te machucar de novo.
Leva um tempo pra re-preencher o vazio.
Mas cedo ou tarde acontece
e é bom saber disso.
Nada absoluto existe,
nem o vazio absoluto,
muito menos o preenchimento absoluto...
Confúcio errou,
o melhor caminho
ó o zigue-zague;
é lá que está a vida.
(Vitor, 23:20, quarta-feira 30/06/10)
Fico triste
ao pensar no que me faz feliz.
As vezes o mundo da minha varanda,
o dos pensamentos de cigarro,
fica tão distante do mundo real.
Meu mundo, eu construo com risadas,
amigos, conversas, mordidas, abraços;
O mundo que me foi dado
é como um buraco negro de espelhos,
que vai distorcendo toda a realidade
até se perder em escuridão.
Não sei o que era suposto que eu fizesse.
Deveria eu ter me jogado dos céus
e ignorado tudo de verdade que havia,
ou deveria ter ignorado toda a vontade e esperança em mim?
É só mais um dia comum
eu vou matar o tempo
com amigos e pensamentos
e fingir que o cronometro
não está se esgotando,
que não são essas
as últimas vezes que te vejo aqui.
Seu tempo está acabando,
e do meu buraco negro de espelhos,
só posso refletir suas últimas dores,
seu desespero quase infantil
ao ver que tudo está desmoronando.
(Vitor Suzuki, 11:37, quinta-feira 01/07/2010)
Não quero dormir.
Eu até gosto de descansar
sentir minha consciência esvair.
Mas não quero dormir,
porque eu não quero acordar no amanhã
não quero ter um dia todo pela frente,
não hoje, nem amanhã;
Gosto de onde estou
de olhar a minha volta
e ver que o dia acabou.
Não há mais nada pra fazer,
já fiz.
Nada mais com que se preocupar,
já passou.
Passou tudo, minha ultima atividade
seria apenas dormir meu sono,
mas deixe-me saborear este último momento
senão meu dia terá sido em vão.
(Vitor Suzuki, madrugada de quinta 01-02/07/2010)
Acordei com uma moto-serra no ouvido,
todo um concerto de moto-serras.
Tive que sair comprar pão no super-mercado,
Todo mundo resolveu comprar na mesma hora.
Comprei cigarro solto ruim
e ainda paguei caro...
Olhei pro horizonte e falei
"Hoje vai ser um dia perfeito,
filha da puta"
(Vitor Suzuki, 11 e vuvuzela, sexta-feira 02/07/2010)
terça-feira, 29 de junho de 2010
Quem precisa de memória quando se tem a música?
Nããão, vou mais, me levantar
nããão, vou mais tentar
pois sempre acordo sem lembranças tentando dizer
que nada mais
vai me machucar
Então,
deixa amanheceeeer
deixa outra vez
sem saber por que
deixa outra vez
sem saber
tentaram dizer que o garoto deveria
viver
sem lhe avisar
que não lhe deixariam portas pra sair de seu
quartooho
nem janelas
nãããão, vou mais, insistir
não vou mais, tirar de mim
a maquiagem borrada e esse gosto(?) que não sabe parar
não vou mais
tentar fingir ser forte e sorrir quando nada mais me satisfaz
então deixa amanhecer.
nããão, vou mais tentar
pois sempre acordo sem lembranças tentando dizer
que nada mais
vai me machucar
Então,
deixa amanheceeeer
deixa outra vez
sem saber por que
deixa outra vez
sem saber
tentaram dizer que o garoto deveria
viver
sem lhe avisar
que não lhe deixariam portas pra sair de seu
quartooho
nem janelas
nãããão, vou mais, insistir
não vou mais, tirar de mim
a maquiagem borrada e esse gosto(?) que não sabe parar
não vou mais
tentar fingir ser forte e sorrir quando nada mais me satisfaz
então deixa amanhecer.
(Quem vai limpar o quarto de Gregor Samsa- Dance of Days)
PS: E quem disse amor, que não há charme nos garotos com flechas nas pálpebras?
PPS: Estamos(?) em recesso, em breve, mais texto do que qualquer um queria ler, de uma só vez. (y)
PPS: Estamos(?) em recesso, em breve, mais texto do que qualquer um queria ler, de uma só vez. (y)
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Bom dia.
Hoje meu dia passou por mim, me olhou nos olhos, me reconheceu, apenas acenou com a cabeça e deu um sorrisinho, mas nem ao menos parou pra me cumprimentar. Isso me deixou triste. Mas talvez ele esteja triste comigo. Talvez ele ache que eu estou fumando ou bebendo demais e que cedo ou tarde ele vai ter que se separar de mim se eu continuar assim... Dia bobo. Muito bobo, porque no fundo ele sabe que eu vou sempre guardar um pouco dele em mim, afinal o dia é o motivo de tudo isso, de todos esses sorrisos e suspiros que eu dou. Ele não devia ficar triste em me perder, afinal, ele já devia ter se acostumado com isso (assim como eu já me acostumei em me perder), e a única coisa que ele de fato devia fazer, era parar de vir me ver vestido de domingo, que ele sabe que eu não gosto dele com toda essa monotonia, com tanto tempo pra tão pouca coisa, eu já disse isso pra ele, ele parece ter me ignorado.
Espero só que ele tenha companhia depois que eu partir, companhia de pelo menos um que saiba apreciar sua presença nas nossas vidas, alguém que se salve e não pense que ele é apenas o dia-a-dia.
[vou sentir saudades do tracinho(hífen) quando ele de fato cair da nossa língua.]
sexta-feira, 25 de junho de 2010
No futuro, os ídolos da nossa geração já não serão mais a mesma coisa.
Se Álvares de Azevedo vivesse nos nossos tempos, ele teria um blog cheio de textos idiotas, como esse. E teria um blog que ele fez quando tinha 12 anos, todo mal escrito e emo.
Ai, quando ele morresse, os historiadores malditos concerteza desenterrariam tudo isso, ai derrepente ele ia parecer só mais um palhaço que deu sorte de escrever um ou dois textos bons...
Acho que nem tudo deveria ser publicado. Por outro lado, é bom saber que seus ídolos são tão idiotas quanto você. Talvez existam mais pessoas notáveis no dia em que pararmos de endeusar quem admiramos (ai Neil...), e nos conformarmos que ao mesmo tempo que ninguém é lá graaande coisa, podemos criar coisas magnificas, basta..... basta... ham...
Se eu soubesse o que basta pra isso, eu o faria.
(pra séries de textos idiotas dos quais vou me arrepender.)
Se Álvares de Azevedo vivesse nos nossos tempos, ele teria um blog cheio de textos idiotas, como esse. E teria um blog que ele fez quando tinha 12 anos, todo mal escrito e emo.
Ai, quando ele morresse, os historiadores malditos concerteza desenterrariam tudo isso, ai derrepente ele ia parecer só mais um palhaço que deu sorte de escrever um ou dois textos bons...
Acho que nem tudo deveria ser publicado. Por outro lado, é bom saber que seus ídolos são tão idiotas quanto você. Talvez existam mais pessoas notáveis no dia em que pararmos de endeusar quem admiramos (ai Neil...), e nos conformarmos que ao mesmo tempo que ninguém é lá graaande coisa, podemos criar coisas magnificas, basta..... basta... ham...
Se eu soubesse o que basta pra isso, eu o faria.
(pra séries de textos idiotas dos quais vou me arrepender.)
quinta-feira, 24 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Na verdade...
Nunca fui partidário de falar sobre coisas da vida. Sobre os fatos. Sobre o que acontece. Sempre abstraio, e acabo falando dos pensamentos e reflexões. Mas vou abrir uma excessão, da minha forma, mas vou.
Imaginar quanto amor você vai sentir, ou quanto vai doer, é como tentar imaginar distancias no universo. Ninguém sabe o que é ficar 100 anos na velocidade da luz só pra chegar em um lugar.
Gosto da sinceridade. O tempo todo as pessoas deixam de falar o que sentem de verdade olhando bem fundo nos seus olhos. Você, não fala a verdade, mas não olha nos olhos. Gosto mesmo disso.
E o pior de tudo, fico que nem um estúpido aqui, com medo de te machucar. Com medo de de repente eu ser uma criança confusa que só fode tudo o que toca. No fundo, gosto de saber que eu me preocupo com isso, gosto de saber que quero o seu bem. E dói, de tanto que eu gosto, dói por estar dentro ao invés de fora, todo esse gostar que está em cada gesto do dia, em cada olhar, a cada palavra que ouço.
E dói, de um jeito diferente e ruim, eu saber que a palavra que eu queria usar não era gostar, mas a outra palavra machuca, de um jeito estranho num misto de decepção e medo.
E o texto foi curto, grosso e rápido, com frases sendo jogadas como pedras brutas, sem serem minimamente trabalhadas; é assim que sou eu, quando falo disso que os outros chamam de verdade.
Imaginar quanto amor você vai sentir, ou quanto vai doer, é como tentar imaginar distancias no universo. Ninguém sabe o que é ficar 100 anos na velocidade da luz só pra chegar em um lugar.
Gosto da sinceridade. O tempo todo as pessoas deixam de falar o que sentem de verdade olhando bem fundo nos seus olhos. Você, não fala a verdade, mas não olha nos olhos. Gosto mesmo disso.
E o pior de tudo, fico que nem um estúpido aqui, com medo de te machucar. Com medo de de repente eu ser uma criança confusa que só fode tudo o que toca. No fundo, gosto de saber que eu me preocupo com isso, gosto de saber que quero o seu bem. E dói, de tanto que eu gosto, dói por estar dentro ao invés de fora, todo esse gostar que está em cada gesto do dia, em cada olhar, a cada palavra que ouço.
E dói, de um jeito diferente e ruim, eu saber que a palavra que eu queria usar não era gostar, mas a outra palavra machuca, de um jeito estranho num misto de decepção e medo.
E o texto foi curto, grosso e rápido, com frases sendo jogadas como pedras brutas, sem serem minimamente trabalhadas; é assim que sou eu, quando falo disso que os outros chamam de verdade.
Eu estava passando pela rua, voltando do técnico, e vi um mendigo, conversando com o homem do lado dele sobre cigarros. Olhei, continuei andando, passei por ele, depois de 3 metros meus passos pararam. Pararam por não haver homem ao lado dele. Algo, no fundo de meu ser doeu. Eu olhei pra trás, no fundo dos olhos dele, e ele me retribuiu o olhar. Não era um olhar vazio e oco, de quem já não sente e não faz parte desse mundo, era um olhar de raiva. Raiva e dor. Era o olhar que eu faria, sentado naquele mesmo lugar, falando sozinho, se tivessem me tirado tudo que eu mais amo, tudo que faz eu continuar.
Então, enquanto eu digo isso conversando com amigos e meu gato no colo, eu posso sentir o olhar dele, pulsando no meu.
...
... Espero que ele possa sentir algo de Vitor nele, já vai ter valido a pena.
Então, enquanto eu digo isso conversando com amigos e meu gato no colo, eu posso sentir o olhar dele, pulsando no meu.
...
... Espero que ele possa sentir algo de Vitor nele, já vai ter valido a pena.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Sono
Lesmas.
Imagine um meio termo entre lesma e eu.
Imagine esse meio termo deixando uma trilha de vitalidade por onde passa, o dia todo.
(Ok, você já esta chegando lá. Só mais algumas linhas.)
A cada rasteijada fui diminuindo e sumindo ao longo desse dia. E agora, eu sumi.
Sumi, sobrou só esse algo, porque eu de verdade, minha mente, meus pensamentos, ficaram para trás, nos lugares que passei, nas coisas que aconteceram.
(Terminou.
Foi dificil? Não.
Valeu a pena? ... )
Imagine um meio termo entre lesma e eu.
Imagine esse meio termo deixando uma trilha de vitalidade por onde passa, o dia todo.
(Ok, você já esta chegando lá. Só mais algumas linhas.)
A cada rasteijada fui diminuindo e sumindo ao longo desse dia. E agora, eu sumi.
Sumi, sobrou só esse algo, porque eu de verdade, minha mente, meus pensamentos, ficaram para trás, nos lugares que passei, nas coisas que aconteceram.
(Terminou.
Foi dificil? Não.
Valeu a pena? ... )
domingo, 20 de junho de 2010
Nas curvas de uma vida
Olhe para os meus olhos de espelho
o que você vê?
Alguém aqui acha que sabe se comunicar
Isso é um defeito, mas não sei de quem
porque assumindo meus erros
assumo que todos são culpados
por serem assim como eu, tão errados.
Vocês morrem, você morre.
Vocês erram, eu me esqueço
que nas curvas de uma escolha
nos perdemos, tanto tu quanto eu.
Se eu pudesse cortar minhas mãos
e trapacear na trama do destino
eu o faria, e você bem sabe disso.
o que você vê?
Alguém aqui acha que sabe se comunicar
Isso é um defeito, mas não sei de quem
porque assumindo meus erros
assumo que todos são culpados
por serem assim como eu, tão errados.
Vocês morrem, você morre.
Vocês erram, eu me esqueço
que nas curvas de uma escolha
nos perdemos, tanto tu quanto eu.
Se eu pudesse cortar minhas mãos
e trapacear na trama do destino
eu o faria, e você bem sabe disso.
sábado, 19 de junho de 2010
O meu céu
As vezes, em tardes vazias
eu vejo um pássaro no meu céu,
contra o vento suas longas asas;
penso se ali não seria o meu lugar...
O problema é que eu gosto de barulho,
eu gosto de cair no chão
e acho até que já me acostumei
a sentir que aqui não é meu lugar.
Gosto de cantar sentindo o mundo girar
gosto de ouvir meus amigos à rirem me dizer
que eu devia com a tristeza parar
que na vida não há nada melhor a se fazer.
Mas as coisas são assim,
a infelicidade me faz querer ser feliz
nunca de fato gostei da saudade, afinal
escolhi estar assim.
E se em mais uma tarde
você quiser me acompanhar e rir das bobagens que vivi
só por isso, saberei que meu lugar é aqui.
eu vejo um pássaro no meu céu,
contra o vento suas longas asas;
penso se ali não seria o meu lugar...
O problema é que eu gosto de barulho,
eu gosto de cair no chão
e acho até que já me acostumei
a sentir que aqui não é meu lugar.
Gosto de cantar sentindo o mundo girar
gosto de ouvir meus amigos à rirem me dizer
que eu devia com a tristeza parar
que na vida não há nada melhor a se fazer.
Mas as coisas são assim,
a infelicidade me faz querer ser feliz
nunca de fato gostei da saudade, afinal
escolhi estar assim.
E se em mais uma tarde
você quiser me acompanhar e rir das bobagens que vivi
só por isso, saberei que meu lugar é aqui.
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