Minhas caras palavras...
Já não sou aquele garoto
tentando desvendar a vida
de seu apartamento
perdido numa vida perdida
procurando qualquer palavra
para conforto de seu vazio e dor.
Cansei de ser.
E não consigo mais só falar de sentimentos
nem expressar ideias que daqui a dias
farão com que eu me arrependa
do que pensei, disse e escrevi.
Digo que, apenas posso contemplar:
o turbilhão de vozes que passa por mim;
essa série de pornografia,
mesclada no dia a dia;
As palavras e atitudes
de quem não sabe o que quer
apenas espera pelo sinal
de que algo tem algum sentido...
como o garoto de quem eu falei
no começo deste poema.
Não digo que chego e decorar meu dia
mas tem quem chegue.
E tem quem dê um pedaço de si
em cada verso que escreve.
Apenas queria estar lá encima
tomando uma cerveja com pessoas que eu gosto
aquelas lá, que ainda não perdi com o tempo,
e olhando todos esses acontecimentos mundanos
com pausas de hora em hora
pra tocar meu violão
e compor canções
sobre corações partindo
(como quem vai pra nunca mais)
e depois se reconstituindo
com vários pedaços de conversas e sorrisos.
Algumas coisas importam mais que escrever um bom poema,
saibam disso, meus jovens.
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