Tenho duas opções:
Em uma, eu deixo que o pior que o mundo deixou em mim, guie minhas escolhas. Enxergo a vida sem perspectivas, como se tudo estivesse destinado ao fracasso.
Nessa alternativa, eu bebo, eu fumo, eu machuco as pessoas, eu tenho uma vida abreviada pelas minhas escolhas, e me desgasto para acabar sozinho em uma lâmina.
E tem a outra. Na outra, eu tenho fé de que a vida é boa. E parto disso. E não que eu vá ser feliz sempre, nem que eu não vá machucar as pessoas, mas nessa, eu não jogo fora as oportunidades, eu não abdico meus pensamentos em troca de diversão, não evito pensar que estou vivo, e o principal, não desisto.
E talvez, no final desta, eu morra de um jeito bem idiota. Talvez até sem amigos; afinal, a fé é em uma vida boa, não em uma vida justa. Mas nessa alternativa, eu saberei que eu não deixei de ver meus filhos crescerem por não saber lidar com estress sem cigarro, nem que eu afastei quem eu gostava por não gostar de mim mesmo.
E lendo assim, chega a parecer que eu já me decidi...
Se você pensa assim, leia de novo. E de novo, e mais uma vez, e novamente, e outra seguida.
Segundo um livro aí, a outra, a que todos querem, depende da coisa mais complexa do nosso mundo:
Crer para ver.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
Se fode aí.
Vai tomar no cu.
Quero, sinceramente, que tenha qualquer doença humilhante e morra com vários videos no Redtube.
Mas não, a droga do mundo quer assim.
Pessoa chata.
Pessoa chata e velha você, Vitor.
Os vermes vão comer seu cérebro entediado.
E tudo vai ser cinza e igual, até você aprender a dormir querendo acordar.
Papaca.
Quero, sinceramente, que tenha qualquer doença humilhante e morra com vários videos no Redtube.
Mas não, a droga do mundo quer assim.
Pessoa chata.
Pessoa chata e velha você, Vitor.
Os vermes vão comer seu cérebro entediado.
E tudo vai ser cinza e igual, até você aprender a dormir querendo acordar.
Papaca.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Quebrando pensamentos.
Se o hedonismo for mesmo ruim, o que é bom?
Ter câncer aos quarenta e não ver os filhos crescerem?
Afinal, a vida tem que ser boa, se não as plantas não cresceriam,
não tentariam resistir à todas as intemperies da natureza
Vai ver ruins mesmo são os pensamentos, vai ver não é pensando que se descobre um sentido...
as plantas crescem para cima, pois é de lá que vem o sol para lhes dar energia,
talvez não nos caiba escolher nosso sentido.
Já estou cansado, queria poder parar com todas essas reflexões baratas.
...queria ser feliz.
...(depois de um longo silêncio)
Mas sei que posso dizer algo que vá além disso; sei, que o que eu sinto vai além disso.
Mas o que sabemos falar sobre sentir?
Você vai se orgulhar por ter passado a vida toda refletindo e agindo da forma mais racional?
...Eu não.
Não quero viver com esse orgulho, prefiro ter fezes em minha boca, a dizer que eu gosto de ser racional, que eu gosto de não encontrar sentido algum na forma como as coisas são
e de não conseguir ver futuro onde meus pensamentos e sentimentos sejam plenos.
Não vou ser o monge que não se afeta com nada e diz ter-se desligado do mundo material.
Quero ser como o verso daquela música que não tem nada a ver com esse momento*,
pra que quando alguém me fizer alguma pergunta inteligente
eu possa apenas abraçar essa pessoa e fazer com que ela entenda
que por mais que tudo pareça uma grande série de eventos sem sentido
e que todos os nossos valores nós aprendemos nos filmes que passam de madrugada
e tudo o que pensamos ser verdade, pode ser destruído por algum filósofo infeliz
e que não temos capacidade pra ver uma solução pra esse aperto que dá no coração;
fazer com que essa pessoa entenda, que sentir é maior.
Se isso que eu disse, não foi o suficiente... (e eu sei que não o foi.)
Quero que você que está lendo, ao menos não desista.
E eu não falo só de se matar, porque se você já sentiu isso que eu sinto,
você sabe que existem muitas formas de desistir da sua vida, do seu sentido.
Ter câncer aos quarenta e não ver os filhos crescerem?
Afinal, a vida tem que ser boa, se não as plantas não cresceriam,
não tentariam resistir à todas as intemperies da natureza
Vai ver ruins mesmo são os pensamentos, vai ver não é pensando que se descobre um sentido...
as plantas crescem para cima, pois é de lá que vem o sol para lhes dar energia,
talvez não nos caiba escolher nosso sentido.
Já estou cansado, queria poder parar com todas essas reflexões baratas.
...queria ser feliz.
...(depois de um longo silêncio)
Mas sei que posso dizer algo que vá além disso; sei, que o que eu sinto vai além disso.
Mas o que sabemos falar sobre sentir?
Você vai se orgulhar por ter passado a vida toda refletindo e agindo da forma mais racional?
...Eu não.
Não quero viver com esse orgulho, prefiro ter fezes em minha boca, a dizer que eu gosto de ser racional, que eu gosto de não encontrar sentido algum na forma como as coisas são
e de não conseguir ver futuro onde meus pensamentos e sentimentos sejam plenos.
Não vou ser o monge que não se afeta com nada e diz ter-se desligado do mundo material.
Quero ser como o verso daquela música que não tem nada a ver com esse momento*,
pra que quando alguém me fizer alguma pergunta inteligente
eu possa apenas abraçar essa pessoa e fazer com que ela entenda
que por mais que tudo pareça uma grande série de eventos sem sentido
e que todos os nossos valores nós aprendemos nos filmes que passam de madrugada
e tudo o que pensamos ser verdade, pode ser destruído por algum filósofo infeliz
e que não temos capacidade pra ver uma solução pra esse aperto que dá no coração;
fazer com que essa pessoa entenda, que sentir é maior.
Se isso que eu disse, não foi o suficiente... (e eu sei que não o foi.)
Quero que você que está lendo, ao menos não desista.
E eu não falo só de se matar, porque se você já sentiu isso que eu sinto,
você sabe que existem muitas formas de desistir da sua vida, do seu sentido.
*"life is short
so want you fly?"
terça-feira, 13 de julho de 2010
Medo estranho.
Tem uma pessoa, que eu sempre achei muito completa.
Sabe, é difícil dizer, mas eu, e uma multidão de seguidores, sempre achamos que ela tinha atingido um estado supremo de iluminação... É como se, todas essas coisas que agente tem pra amadurecer e melhorar durante a vida, é como se ela já tivesse melhorado tudo. Tivesse atingido um ápice de alguma coisa para qual a vida de todos caminham.
Hoje, em um passeio pela internet, eu vi essa pessoa perdida. Perdida de um jeito engraçado. Perdida sendo completa como ela sempre foi, sendo superior até em seu desespero, mas de saco cheio, eu pude sentir. Entediada. Como se já nada mais atraísse seu interesse, como se a vida nela houvesse morrido.
Eu senti, como se isso fosse inevitável.
...Se até ela, que era ela, estava passando por isso, todos que fossem longe o suficiente passariam também...
Quem sabe ela não pegou o caminho errado, o tempo todo?...
E se isso for verdade, de repente onde se esconde o caminho certo?
Até onde da verdade estamos dispostos a ir, essa sim é uma boa pergunta.
Sabe, é difícil dizer, mas eu, e uma multidão de seguidores, sempre achamos que ela tinha atingido um estado supremo de iluminação... É como se, todas essas coisas que agente tem pra amadurecer e melhorar durante a vida, é como se ela já tivesse melhorado tudo. Tivesse atingido um ápice de alguma coisa para qual a vida de todos caminham.
Hoje, em um passeio pela internet, eu vi essa pessoa perdida. Perdida de um jeito engraçado. Perdida sendo completa como ela sempre foi, sendo superior até em seu desespero, mas de saco cheio, eu pude sentir. Entediada. Como se já nada mais atraísse seu interesse, como se a vida nela houvesse morrido.
Eu senti, como se isso fosse inevitável.
...Se até ela, que era ela, estava passando por isso, todos que fossem longe o suficiente passariam também...
Quem sabe ela não pegou o caminho errado, o tempo todo?...
E se isso for verdade, de repente onde se esconde o caminho certo?
Até onde da verdade estamos dispostos a ir, essa sim é uma boa pergunta.
E eu nem sei por que quero saber....
Não nasci pra ficar nesta caixa.
Só o que me vem é enjoo, de saber que não sou daqui,
mas que tudo continua igual,
os mesmos dias, as mesmas conversas o mesmo enjoo.
Me leva com você, yellow bird.
Tanto faz se vou morrer de fome, melhor que viver de fome.
Me leva pra um dia não nublado,
Tanto faz se eu não aguentar a pressão da vida, melhor que aguentar.
Eu só queria saber qual é o meu problema.
E explodir, também, eu queria explodir.
Só o que me vem é enjoo, de saber que não sou daqui,
mas que tudo continua igual,
os mesmos dias, as mesmas conversas o mesmo enjoo.
Me leva com você, yellow bird.
Tanto faz se vou morrer de fome, melhor que viver de fome.
Me leva pra um dia não nublado,
Tanto faz se eu não aguentar a pressão da vida, melhor que aguentar.
Eu só queria saber qual é o meu problema.
E explodir, também, eu queria explodir.
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Poemas.,
preferia não ter escrito.
domingo, 11 de julho de 2010
Eu nunca falo nomes.
Queria entender, quando com olhos perdidos no horizonte
você diz que vai embora daqui,
que não é feliz o suficiente,
que é tudo igual
tudo...
Eu sei, é vazio.
Não totalmente,
mas é compreensivo.
Mas o que eu queria entender,
é o que tem de melhor no outro lado
que te faz largar tudo que a gente chama de especial.
Já me acustumei com o vai e vem, sobe e desce,
e mesmo você dizendo qualquer coisa
eu sei que vai voltar
espero...
...que volte.
você diz que vai embora daqui,
que não é feliz o suficiente,
que é tudo igual
tudo...
Eu sei, é vazio.
Não totalmente,
mas é compreensivo.
Mas o que eu queria entender,
é o que tem de melhor no outro lado
que te faz largar tudo que a gente chama de especial.
Já me acustumei com o vai e vem, sobe e desce,
e mesmo você dizendo qualquer coisa
eu sei que vai voltar
espero...
...que volte.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Sobre ir fundo
Aqui estou eu, onde todos poderiam estar. Aqui, onde todos ainda te olham bem, respeitam suas crenças e escolhas. Onde tudo é morno, e podemos nos basear em alguém para viver.
Vou dar um conselho, pois faço isso, uma vez a cada cem dias. Enjoy...
Independente de qual for a sua escolha, e realmente, não ligo pra qual seja, apenas digo uma coisa: vá fundo, mas fundo de doer, fundo mesmo quando você achar que não tem mais fim... Independente de quão fundo o seu tempo de vida permitir, existe uma profundidade da qual você não volta sem nada que realmente valha a pena ser vivido.
Seus ídolos, aqueles que você endeusa, o que pra você escreveu a melhor musica, os melhores livros, viveu a melhor vida ou construiu a melhor historia, whatever sejam, eles foram fundo. Eles foram inconsequentes com os riscos que eles correriam, a maioria dessas pessoas não foi bem vista pelas pessoas da época, apenas porque na vida deles eles tinham feito uma escolha que era mais valiosa do que ser bem visto pelas pessoas. Você dá valor para ser bem visto? Já é um indicio para pensar sobre suicídio. No geral, quando se dá valor a esse tipo de coisa, se limita a infinidade (essa palavra existe?) de possibilidades da sua vida a apenas uma ou outra coisinha legal que passa pelo filtro do habitual.
Já pr'aqueles que dão mais valor pra suas escolhas, apenas lhes resta eliminar suas próprias concepções de "o que é degradante", "o que eu nunca farei", "eu não tenho capacidade para tal", e a auto-vergonha. Então você será livre para cair fundo na vida, e sorver até a sua última essência, independente da sua presença ficar ou não gravada na droga da historia, afinal, mais importante que isso (eu acho), é você ao menos uma vez antes de morrer, saber de verdade quem você é e do que você é capaz.
Vou dar um conselho, pois faço isso, uma vez a cada cem dias. Enjoy...
Independente de qual for a sua escolha, e realmente, não ligo pra qual seja, apenas digo uma coisa: vá fundo, mas fundo de doer, fundo mesmo quando você achar que não tem mais fim... Independente de quão fundo o seu tempo de vida permitir, existe uma profundidade da qual você não volta sem nada que realmente valha a pena ser vivido.
Seus ídolos, aqueles que você endeusa, o que pra você escreveu a melhor musica, os melhores livros, viveu a melhor vida ou construiu a melhor historia, whatever sejam, eles foram fundo. Eles foram inconsequentes com os riscos que eles correriam, a maioria dessas pessoas não foi bem vista pelas pessoas da época, apenas porque na vida deles eles tinham feito uma escolha que era mais valiosa do que ser bem visto pelas pessoas. Você dá valor para ser bem visto? Já é um indicio para pensar sobre suicídio. No geral, quando se dá valor a esse tipo de coisa, se limita a infinidade (essa palavra existe?) de possibilidades da sua vida a apenas uma ou outra coisinha legal que passa pelo filtro do habitual.
Já pr'aqueles que dão mais valor pra suas escolhas, apenas lhes resta eliminar suas próprias concepções de "o que é degradante", "o que eu nunca farei", "eu não tenho capacidade para tal", e a auto-vergonha. Então você será livre para cair fundo na vida, e sorver até a sua última essência, independente da sua presença ficar ou não gravada na droga da historia, afinal, mais importante que isso (eu acho), é você ao menos uma vez antes de morrer, saber de verdade quem você é e do que você é capaz.
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preferia não ter escrito.,
Textobobo
domingo, 4 de julho de 2010
O sétimo dia.
No dia lixo
o Vitor lixo
se levanta e começa a viver
Ele, há meses não sabe pra que acordar...
Ele acorda mesmo assim.
Ele, há meses está cansado desse mundo, de viver desse jeito vazio...
Ele vive mesmo assim.
Porque é assim que ele aprendeu,
Porque é a única alternativa...
Ou porque a outra é muito pior.
Monkey see monkey does,
Eu também esperava mais do mundo.
Em algum lugar da minha memória
tem algum mundo sob medida para todos nós.
... O que aconteceu com esse mundo?
Comi.
Você queria um pedaço?
Morre.
Eu me importo com os pensamentos.
O cérebro se divide em dois,
a parte legal que só sabe sentir tudo o que é vida
E a parte babaca,
que de verdade, não serve pra nada.
Só está ai pra parecer que somos úteis.
Estraga todos pensamentos que toca
pondo neles um sentido.
Quando comecei, menti.
Disse que o Vitor lixo acordava.
Estou aqui, evitando dormir
fingindo que assim
posso me tornar meu Deus,
e parar de separar bom de ruim,
certo de imoral, babaca de divertido,
fingindo que assim
mato o babaca dentro do meu cérebro.
Acho curioso,
rio, quando penso sobre:
Existe um tempo limite,
pra alguém ficar acordado;
Mas o inverso não existe.
Dormir é infinito
E o infinito sempre me atraiu.
(Quem é o babaca,
além de Deus,
que se atrái pelo infinito?)
---
Pare.
Shhh, você pode ouvir?
É o meu estômago
informando que a geladeira
está tão vazia quanto ele,
quanto esse dia.
Meu corpo é comunicativo.
Abaixo da caixa toráxica, do lado esquerdo
está a mais nova mania dele...
É que lá,
ele pôs uns terminais nervosos,
e toda vez que por cigarro ou álcool
eu faço mal pra ele
ele faz eu cair e contorcer de dor.
Acho um jeito engraçado
de mandar tomar no cu.
o Vitor lixo
se levanta e começa a viver
Ele, há meses não sabe pra que acordar...
Ele acorda mesmo assim.
Ele, há meses está cansado desse mundo, de viver desse jeito vazio...
Ele vive mesmo assim.
Porque é assim que ele aprendeu,
Porque é a única alternativa...
Ou porque a outra é muito pior.
Monkey see monkey does,
Eu também esperava mais do mundo.
Em algum lugar da minha memória
tem algum mundo sob medida para todos nós.
... O que aconteceu com esse mundo?
Comi.
Você queria um pedaço?
Morre.
Eu me importo com os pensamentos.
O cérebro se divide em dois,
a parte legal que só sabe sentir tudo o que é vida
E a parte babaca,
que de verdade, não serve pra nada.
Só está ai pra parecer que somos úteis.
Estraga todos pensamentos que toca
pondo neles um sentido.
Quando comecei, menti.
Disse que o Vitor lixo acordava.
Estou aqui, evitando dormir
fingindo que assim
posso me tornar meu Deus,
e parar de separar bom de ruim,
certo de imoral, babaca de divertido,
fingindo que assim
mato o babaca dentro do meu cérebro.
Acho curioso,
rio, quando penso sobre:
Existe um tempo limite,
pra alguém ficar acordado;
Mas o inverso não existe.
Dormir é infinito
E o infinito sempre me atraiu.
(Quem é o babaca,
além de Deus,
que se atrái pelo infinito?)
---
Pare.
Shhh, você pode ouvir?
É o meu estômago
informando que a geladeira
está tão vazia quanto ele,
quanto esse dia.
Meu corpo é comunicativo.
Abaixo da caixa toráxica, do lado esquerdo
está a mais nova mania dele...
É que lá,
ele pôs uns terminais nervosos,
e toda vez que por cigarro ou álcool
eu faço mal pra ele
ele faz eu cair e contorcer de dor.
Acho um jeito engraçado
de mandar tomar no cu.
(Por Vitor Suzuki, 03:00, Domingo 28/06/2010)
Num mundo feliz
as pessoas não teriam que sair
da perfeição do lar,
da plenitude do ninho.
Eu visto o tênis,
sendo que eu era feliz descalço.
Pego a chave,
sendo que eu não tenho um bom motivo para voltar.
Coloco a carteira,
mesmo não valendo nada
faz eu sentir
que sou parte desse mundo.
O telefone toca,
pra me lembrar que estou atrasado,
que não faço nada direito,
que tanto faz, porque eu desliguei já.
Voltando, se o mundo fosse perfeito,
ninguém sairia de casa.
(Por Vitor Babacão, as 11:01, segunda-feira 28/06/2010)
De repente, não mais que de repente
eu ouço um acorde,
de uma musica antiga
que havia parado de ouvir.
Então as paredes desabam
e meus olhos queimam tudo,
tudo o que existe entre mim e o horizonte,
tudo o que me separa
de quem eu realmente sou,
Eu sou o horizonte;
Eu sou o monstro da sinestesia;
De repente, eu sou o pensamento.
(Por Vitor ao som de DOD, 12:45, segunda-feira 28/06/2010)
Acendo um cigarro na minha mente,
e penso sobre as decisões que devo tomar.
É engraçado, ver o céu
e perceber que o tempo que passo aqui
não me faz melhor, nem mais inteligente.
É engraçado, respirar
e sentir que estou com medo do futuro,
que já não acredito mais em mim;
sabendo que a força está indo embora
mas só consigo me preocupar
em conseguir outro abraço teu.
Vejo um carro passar.
Vejo os galhos de uma árvore
que se mexem ao vento.
Parece que falta ar aqui.
Como se essas palavras que saem de mim
ocupassem
m u i t o
e s p a ç o . . .
Minha garganta aperta,
preciso parar
de escrever.
Vou ligar pro 191...
Dizer que preciso falar com quem me ame
pra saber que vai ficar tudo bem.
(Por Vitor, 12:45(?), segunda-feira 28/06/10)
A cada passo
sinto o mundo sumir
em devaneio e solidão,
e no delírio da escuridão
ouço somente minha voz
minha canção sem fim
sem pé, nem cabeça,
que apenas existe
para mostrar que
ninguém é sozinho em si.
You should stay
Nós beberiamos até a ultima gota de vida que há na noite
Then you'll see
Que eu sou seu caminho assim como você é o meu
And when i get lost on you
Talvez eu finalmente ache o que abdiquei todos esses anos
I drunk, I junkie,
To finally shut up all that voices
Vozes essas, que caladas param de impedir
que eu sorria, que eu acredite
que mesmo o mais estúpido dos humanos
pode até sentir a dor que sinto
fazendo com que tudo, talvez, numa breve hipótese,
Tenha ainda esperança.
(Vitor lost in time, 29/06/2010)
Não quero escrever como Vinícius,
Nem como nenê, Thay, ou Chico.
Nem quero ser o número um,
Muito menos que exista algum número.
De que vale escrever lindos textos
se não sou de fato lindo?
De que vale escrever o que não sinto?
Quero escrever como meu coração,
como os meus passos, perdidos pelas ruas.
Quero escrever como vivo
e viver como escrevo.
E se ao final de tudo isso
tudo for em vão
saberei ao menos que fui leal
ao que disse o coração.
(Por Vitor Suzuki, 4:25, terça-feira 29/06/2010)
Distraído, dou um passo em falso,
caio dos meus pensamentos de rotina
para o meu futuro calabouço.
Vejo-me na rua, a mendicar
a pedir à quem me odeia
uma chance de viver.
Posso ver, como em um filme da madrugada
meu aluguel atrasado, meu leite azedo
e só uma garrafa de vodka a me acompanhar.
Vejo o mundo se desfazendo em fumaça
o sangue endurecendo nas veias de meu pai
e apenas um anjo triste vindo me salvar.
(... e ainda me perguntam por que eu fumo...)
(Por Vitor M. E. Suzuki, 13:30, 30/06/2010)
Leva um tempo pra alguém te machucar de novo.
Leva um tempo pra re-preencher o vazio.
Mas cedo ou tarde acontece
e é bom saber disso.
Nada absoluto existe,
nem o vazio absoluto,
muito menos o preenchimento absoluto...
Confúcio errou,
o melhor caminho
ó o zigue-zague;
é lá que está a vida.
(Vitor, 23:20, quarta-feira 30/06/10)
Fico triste
ao pensar no que me faz feliz.
As vezes o mundo da minha varanda,
o dos pensamentos de cigarro,
fica tão distante do mundo real.
Meu mundo, eu construo com risadas,
amigos, conversas, mordidas, abraços;
O mundo que me foi dado
é como um buraco negro de espelhos,
que vai distorcendo toda a realidade
até se perder em escuridão.
Não sei o que era suposto que eu fizesse.
Deveria eu ter me jogado dos céus
e ignorado tudo de verdade que havia,
ou deveria ter ignorado toda a vontade e esperança em mim?
É só mais um dia comum
eu vou matar o tempo
com amigos e pensamentos
e fingir que o cronometro
não está se esgotando,
que não são essas
as últimas vezes que te vejo aqui.
Seu tempo está acabando,
e do meu buraco negro de espelhos,
só posso refletir suas últimas dores,
seu desespero quase infantil
ao ver que tudo está desmoronando.
(Vitor Suzuki, 11:37, quinta-feira 01/07/2010)
Não quero dormir.
Eu até gosto de descansar
sentir minha consciência esvair.
Mas não quero dormir,
porque eu não quero acordar no amanhã
não quero ter um dia todo pela frente,
não hoje, nem amanhã;
Gosto de onde estou
de olhar a minha volta
e ver que o dia acabou.
Não há mais nada pra fazer,
já fiz.
Nada mais com que se preocupar,
já passou.
Passou tudo, minha ultima atividade
seria apenas dormir meu sono,
mas deixe-me saborear este último momento
senão meu dia terá sido em vão.
(Vitor Suzuki, madrugada de quinta 01-02/07/2010)
Acordei com uma moto-serra no ouvido,
todo um concerto de moto-serras.
Tive que sair comprar pão no super-mercado,
Todo mundo resolveu comprar na mesma hora.
Comprei cigarro solto ruim
e ainda paguei caro...
Olhei pro horizonte e falei
"Hoje vai ser um dia perfeito,
filha da puta"
(Vitor Suzuki, 11 e vuvuzela, sexta-feira 02/07/2010)
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